terça-feira, 15 de julho de 2008

The dark knight and the stairway to heaven


Meninos, eu vi! Sim, é verdade... Na segunda presenciei a pré-estréia do segundo filme da trilogia da franquia Batman, novamente dirigido (e também escrito) por Christopher Nolan.

O que posso dizer de um filme que tem como protagonista um altamente competente Christian Bale? De um elenco de coadjuvantes afiado do naipe de Michael Caine, Gary Oldman e Morgan Freeman, todos fenomenais? Isso sem falar num roteiro extremamente bem feito, capaz de construir o personagem Duas-Caras desconstruindo seus ideais e de aliviar uma tensão crescente e constante com sutis piadas, com palavras medidas quase grama por grama, de tão bem pesadas. Para isso tudo posso afirmar: excelente.

Mas fogem as palavras quando um certo ator, que não está mais entre nós, de nome Heath Leadger, adentra a cena. Quando este fantástico ladrão e emissário do caos rouba a cena e faz da lógica um móbile que se perde dentro de um furacão (é, Moska, tive que usar...), os deuses do cinema param para reverenciar esse ator que fez do novo Coringa um personagem antológico para todo o resto do século que está por vir.

Estriônico, desconcertante, fantástico. E é bom parar por aqui, pois adjetivos faltarão, não há dúvidas.o que se vê no palhaço do crime de Gotham de 2008 é uma atuação brilhante, capaz de ofuscar um elenco que está longe de ser simplesmente bom. Se os excelentes desempenhos de todo o casting (inclusive fora das câmeras) de Batman, o cavaleiro das trevas já não pusessem o filme a dois passos da escadaria do paraíso, Ledger coroou a empreitada com algo tão perfeito que o fez subir além, metaforicamente falando. Definitivamente, por sinal.

Esta foi a última cartada desse jovem ator. Seu ás na manga impressionou a todos. E como não há lógica no caos, não haverá a possibilidade de rever tamanho desempenho.

Brindem a ele, à Nolan e a todos que conseguiram, mais uma vez, transformar o mais emblemático e denso personagem da DC Comics num filme de verdade, do personagem que é tão herói que pode assumir até mesmo o manto de vilão, em nome da manutenção da esperança.

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