quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Roteiros...

Trabalho de roteirista é algo meio esquisito, seja em qualquer área: quadrinhos, cinema, TV... Você imagina uma coisa, aí um desenhista ou um diretor faz outra, você palpita, ele (ou ela) palpita de novo... Aí ou todos ficam felizes ou acham o trabalho uma m&#d@. Onde trabalho, numa in house, faço de 2 a 4 roteiros de filmes por mês, a serem veiculados na TV e no cinema. Vez por outra, vou colocá-los aqui até como forma de discutir conceitos de texto. Afinal, de artes e design, o máximo que posso fazer é dar pitacos, né?

Uma das coisas que mais me deixa triste (sim, o ariano está aprendendo a ser educado...rs) é quando não se trabalha em equipe. Poucas são as pessoas que dão retorno e mostram o material depois. Não sei se por uma questão de ego, para mostrar que fez o trabalho... Não sei. O que tenho certeza é que as sugestões de quem teve a idéia podem ser muito importantes.

No caso de certas empresas, o problema está em quem conduz o trabalho, muitas vezes a pessoa não habilitada para isso. E se essa pessoa acha que sabe, aí ferra tudo... Toca o job sozinha, pois resultado se tem de qualquer maneira. E perde a oportunidade de fazer algo BEM melhor.

Um roteiro, imagens móveis, tem muitas nuances nas quais a idéia pode se perder. Fora a própria visão do diretor, que enxerga coisas visualmente que às vezes o roteirista não viu. Acho que o mais interessante, o que pode enriquecer mesmo um trabalho é a união da visão de quem escreve e quem é responsável pelas imagens.

Pra começar a bagaça, o primeiro post é sobre o livro da Maitê Proença, Uma vida inventada. Desse eu gostei. É imperiosos citar que parecemos aquelas produções de Casseta & Planeta: "com sérias restrições orçamentárias". Bem, mas isso vai ser em todo lugar. Já foi o tempo das milionárias produções para comerciais, hoje é tudo quase que como Gláuber: "Uma idéia (barata) na cabeça e um programinha básico de edição na mão. E olhe lá.

Mas esse da Maitê foi legal. A idéias partiu do roteirista, de refazermos o desenho da capa do livro enquanto a mensagem de texto era passada. A própria autora pediu que fosse colocadas as duas citações que aparecem no comercial. A mudança de cor também ficou legal, deu destaque à capa no momento certo. A idéia originada pelo roteiro foi seguida do início ao fim. Acaba que ficou algo bem bacaninha, simples, mas que funcionou muito bem. O que vocês acham?

Nenhum comentário: